As marcas são instrumentos poderosos de diferenciação em um mercado cada vez mais competitivo

Como se diferenciar em um mundo repleto de produtos e serviços que prometem resolver todos os seus problemas? Como criar valor real para o cliente e ganhar a sua preferência? Como ter sucesso em um mercado sendo que mais de 40% dos lançamentos não sobrevivem mais do que um ano? Essas e outras perguntas povoam a mente dos profissionais de marketing e tornaram-se um verdadeiro dilema. A saída para essa encruzilhada passa necessariamente pela gestão das marcas.

Não é simples construir uma marca de sucesso. Ainda mais em se tratando de um mercado altamente complexo como o brasileiro. Mas isso é possível, desde que haja investimento de tempo e dinheiro (ops! Tempo É Dinheiro, não é?). O maior desafio é superar a ansiedade por resultados rápidos. Sim, por que os esforços voltados à consolidação de uma marca não apresentam retorno no curto prazo. Trata-se da aposta em um bem intangível e de difícil mensuração, que por muitas vezes, precisa de anos de história para alcançar um patamar de reconhecimento em seu mercado.

Para cativar o consumidor, a marca deve prometer e entregar o que se propõe, de forma eficaz. Uma marca não é somente um logotipo na fachada, um nome de destaque no cartão de visitas ou uma embalagem bonita. Ela é um sistema que envolve valores e responsabilidades, além de exprimir o posicionamento da empresa para com seu público-alvo. Para que haja sucesso, ela deve ser divulgada nos meios corretos e de maneira correta, para que possa ser compreendida, desejada e remunerada pelos consumidores.

Uma marca trabalhada corretamente cria uma identidade psicológica no seu público, que pode favorecer a diferenciação em relação à concorrência e até a valorização de quem a usa ou consome. Em diversos casos, a marca também diminui o risco que o consumidor corre ao adquirir um produto ou serviço, devido ao reconhecimento de sua qualidade e compromisso de entrega de valor. Sem dúvida, um fator muito importante nos dias de hoje, haja vista que ninguém gosta de jogar dinheiro fora.

No entanto, as melhores estratégias, o design mais bonito, o melhor nome ou o posicionamento mais bem pensado não serão suficientes se os donos da empresa não compreenderem que as marcas exigem compromissos tangíveis e intangíveis. É preciso entender o consumidor, o seu mercado de atuação e ter consciência de que o sucesso passa por responder aos anseios da sociedade, muito mais do que às próprias necessidades.



Sergio Capozzielli
é jornalista e especialista em gestão de negócios pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing. Atuou como Analista de Marketing na Rede Globo de Televisão. É Consultor de Empresas e Redator Publicitário de Marketing de Conteúdo.