Tire suas ideias do armário. Você poderá se surpreender

Você já deve ter ouvido falar em revolução industrial. No início do século XX, máquinas a vapor e um esquema de produção em massa delinearam um padrão da indústria. Era a Revolução Industrial que se instalava. Só quem tivesse muito dinheiro era capaz de fabricar alguma coisa. Assim como quem quisesse se comunicar pela imprensa tinha que ter uma editora ou uma gráfica.

Já na segunda fase do processo, os computadores pessoais (PCs) e a internet revolucionaram o mundo e democratizaram o processo de produção e difusão de conteúdo. Qualquer um pode ter um blog, e-mail ou um perfil no Facebook – e o melhor – de graça. Contudo, no final do século passado, o grande desafio foi criar novos modelos sociais, colaborativos e de inovação na web que aperfeiçoassem o sistema e as comunicações.

A Terceira Revolução Industrial é o momento pelo qual passamos, de acordo com Chris Anderson, editor-chefe da revista Wired, dos EUA. É hora de aplicar os conceitos digitais ao mundo real. Ou seja, partir do modelo da internet para os bens e serviços. O indivíduo deve entrar no processo de produção, criando um produto e implementando sua fabricação. “As grandes cadeias globais de fabricação agora estão abertas para cada pessoa, é a mesma coisa que ter um blog”, afirma Anderson.

Entramos em uma nova era, onde produtos e serviços são moldados pela terceirização. E não é mais necessário produzir-se em grande escala, nem dentro do país. Segundo Anderson, a China está apta a fabricar e entregar protótipos de produtos em qualquer lugar do mundo. “É um processo de ‘fabricação individual’. Sua ideia se torna um produto em meses, não em anos, e uma pequena empresa pode ter impacto global.”

Anderson dá uma importante dica para quem quer produzir em pequena ou grande escala na China (ou em outro país) com economia e segurança. Ele indica o https://www.alibaba.com. Nesse site é possível encontrar fabricantes e negociar com eles como se fizesse uma compra pelo Amazon.com.

Quem disse que não bastam boas ideias? Se levarmos em conta a teoria de Anderson, ideias são mais do que a matéria-prima dos produtos, tomam corpo com a iniciativa humana e a ajuda da internet.



Sergio Capozzielli
é jornalista e especialista em gestão de negócios pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing. Atuou como Analista de Marketing na Rede Globo de Televisão. É Consultor de Empresas e Redator Publicitário de Marketing de Conteúdo.