“Nada é permanente, exceto a mudança”, essa frase consagrada nunca fez tanto sentido hoje em dia, já dizia o filósofo Heráclito de Éfeso cerca de 500 anos antes de Cristo.
A todo momento vemos a sociedade se transformando, a tecnologia avançando, a forma de nos relacionar e consumir se alterando e conseqüentemente, também os modelos de negócio.
Se há alguns anos atrás grandes players dominavam o mercado, hoje, diversos pequenos empreendimentos vêm conseguindo oferecer novas soluções e atender melhor os consumidores.
Nesse contexto, as startups são exemplos de como se revoluciona um mercado com ideias inovadoras e metodologias ágeis de gestão.
Frente a tamanha velocidade das transformações, fica claro que não dá para ficar parado. Se o consumidor muda, os negócios também tem que mudar.
Mas como promover mudanças adequadamente?
Como se adequar a cenários em constante mutação?
Vamos entender isso melhor…
Remodelagem do Modelo de Negócio
Para manter uma empresa competitiva é preciso olhar o mercado e promover uma remodelagem do negócio sempre que identificadas mudanças nos padrões de consumo ou alterações que afetam o ambiente de negócios.
A remodelagem de negócio é um processo de recriar a estrutura que já está feita ou aprimorar, adaptar e atualizar.
Essas mudanças podem ser realizadas para se adaptar a uma nova realidade do mercado, mas também para aproveitar uma nova oportunidade ou mesmo inovar.
As Startups e a Internet das Coisas – IoT (Internet of Things)
Com as inovações surgem as possibilidades para representá-las. Logo, podemos avaliar a velocidade dessa revolução industrial por meio do surgimento de novos termos:
Google, Facebook, LinkedIn, WhatsApp, Uber, 99Taxis, Airbnb, Peixe Urbano, Pulseiras Eletrônicas, Bitcoin, é o conjunto de tecnologias e softwares que fazem parte do contexto da Internet das Coisas (IoT).
São aplicativos que surgiram em nossas vidas sem qualquer sinalização ou aviso prévio e simplesmente transformaram o nosso cotidiano e comportamento pessoal e profissional.
iFood e Rappi são duas startups que já existiam e crescerem ainda mais durante a Pandemia, devido a necessidade real das pessoas em Quarentena aderirem seus serviços para entregas dos produtos necessários em suas residências.
Alguns infelizmente encolheram, mas outros expandiram devido ao processo do Covid-19. Existem outras Startups que nasceram devido ao Coronavirus, ex:
Vizinho do Bem: A startup Noknox criou um aplicativo para apoiar o movimento de pessoas dispostas a ajudar seus vizinhos que estão no grupo de risco do COVID-19.
HealthBuddy: Este é um chabot de informação e combate a fakenews em relação ao coronavírus, desenvolvido pela startup Ilhasoft.
TruckPad – a empresa está oferecendo transporte voluntário e gratuito para mercadorias doadas a hospitais e instituições de assistência médica, tais como álcool em gel, máscaras e equipamentos.
Prova Fácil (Starline S.A): a startup desenvolveu um software de gestão pedagógica para instituições de ensino e está liberando o uso gratuito do programa até julho de 2020, para apoiar a manutenção das aulas e provas.
Everlog: a startup atua com automatização de fretes e entregas, apresentando soluções tecnológicas baseadas em sistemas SaaS (Software as a Service). A empresa também tem um programa de podcasts sobre logística, o Papo com Frete. Nesta crise, um dos episódios já trata dos impactos do coronavírus na logística.
Aya Tech – a empresa cria produtos químicos inovadores utilizando nanotecnologia, como um repelente que pode ser usado em pets e na roupa (e dura várias lavagens). A startup lançou um desinfetante que substitui o álcool gel, o Gy, que mata vírus como o coronavírus, o H1N1, a influenza, o pólio, dentre outros.
Autoridade Fitness: A startup oferece uma plataforma on-line para treinamento físico, prática de yoga, meditação e cuidados com a alimentação. Neste período de crise com o coronavírus, está abrindo a assinatura por R$ 7,00 no primeiro mês e estendendo a possibilidade de reembolso total para os mesmos 30 dias. Segundo a startup, o valor é necessário para cobrir os custos com streaming de vídeo e outros que não poderão ser evitados ao longo do período.
Simbio Bag: O Simbio Bag é um aplicativo que permite aos varejistas enviar mercadorias personalizadas ao cliente para que ele possa experimentar os produtos antes de decidir pela compra, que pode ser realizada diretamente pelo celular. Durante a crise do coronavírus, a startup está oferecendo uma versão básica do seu sistema gratuitamente. Trata-se de uma ferramenta segura para o varejista de moda continuar suas vendas enviando as peças até a casa do cliente, ou seja, sem necessidade de o cliente ir até a loja.
Essas são algumas soluções que surgiram para suprirem novas necessidades de consumo e prováveis “dores” dos usuários. Pensar fora da caixa ajuda a inovar sem precisar reinventar a roda!
Mundo do Ecommerce e as Vendas Online
O Mercado Livre registrou 5 milhões de novos usuários durante a pandemia. Nunca houve tanta necessidade dos lojistas e comerciantes aderirem as plataformas de market places.
Em média, o e-commerce como um todo no Brasil representa apenas 6% das vendas do varejo, enquanto em países mais evoluídos com indivíduos conectados que possuem acesso a internet e as informações já chegam a quase 80%.
No geral, com 6% de penetração do e-commerce, a oportunidade de acelerar a digitalização é muito grande!
Por isso, dependem dos comerciantes e lojistas de adaptarem a essa nova frequência e passarem a utilizar tais canais: Mercado Livre, OLX, Amazon Brasil, Magazine Luiza, Enjoei, Netshoes, Dafiti, Carrefour, B2W, entre outras.
Existem certos comportamentos que surgiram devido a Pandemia, mas que vieram pra ficar:
A partir do momento que você experimenta a comodidade e segurança da compra online, será difícil a regressão. E quanto mais gente confia e compra, mais estimulam outras pessoas a fazerem compras neste meio.
Estamos numa era em que a tecnologia e a sociedade estão evoluindo mais rápido do que as empresas podem naturalmente se adaptar.
Isso prepara o terreno para uma nova liderança, uma nova geração de modelos de negócios, trazendo consigo o mantra “Adaptar ou basicamente Morrer!”.
A empresa que estiver ausente das buscas no Google, que certamente poderia se tornar seu maior vendedor, basicamente é um Player que estará brevemente fora do mercado.
Vendas de produtos online através das Redes de Displays do Google, assim como a exposição da marca por intermédio das redes sociais, locais onde se encontram as pessoas que compram seus produtos, são fatores chaves de sucesso e deve ser explorado.
Henrique Morbi é publicitário graduado em Publicidade e Propaganda pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e especialista em Gestão de Negócios pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing. Atua como Diretor de Atendimento na agência iD. 360/biz, como Presidente de Imagem Pública do Rotary Club São Paulo Vila Alpina e como Facilitador de Inovação e Palestrante do CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo.