Para quem quer começar um negócio, empreender, de forma segura e estruturada, a pressa é inimiga da perfeição.

Planejar é a palavra-chave para o sucesso e a única forma de obter resultados duradouros à longo prazo. Sim, pois existem muitos, se não a maioria, que não se valeram do planejamento para abrir uma empresa e, mesmo assim, “dão certo”. Porém, esse sucesso é momentâneo, não tendo base nem perspectiva futura de ações que garantam que o modelo de negócio estabelecido seja sustentável.

Mudanças no comportamento do consumidor, na política, na economia, modismos, tendências, são fatores que afetam o cenário em que uma empresa atua. Nem tudo que é criado hoje continuará sendo relevante daqui dez, cinco, ou até um ano. Produtos e serviços tornam-se obsoletos cada vez mais rápido. E exigem das empresas e das marcas inovação constante.

Se a sua empresa não tem planejamento, ela é levada pelas ondas do mercado, num movimento pouco controlado. Uma tempestade pode chegar de repente, e rapidamente causar danos ou até destruir o barco. Com o uso de um binóculo, que permite uma visão mais distante, é possível se programar para desviar a rota, alterar o percurso, de forma que se evite colisões ou se minimize os danos.

Em um cenário de negócios, funciona da mesma forma. Quem tem visão de médio e longo prazo, pesquisa, estuda e põe as coisas no papel, consegue planejar as ações necessárias para crescer e se manter no mercado. Não se pode ficar restrito ao que acontece debaixo dos nossos narizes, pensando apenas no curto prazo e cair na tentação do lucro rápido e a qualquer custo.

O planejamento de crescimento também é essencial para apontar o que é realmente uma oportunidade. Muitos empreendedores, com perfil arrojado, que são extremamente otimistas e destemidos, tem propensão a achar que existem oportunidades brotando a todo momento. O que é em parte verdade, mas o que deve ser levado em conta é se a oportunidade pode ser convertida em negócio lucrativo e sustentável. Que possa ser gerido e operado com segurança, não apenas uma aventura passageira que põe em risco o capital.

Um empresa tem diversas motivações para ser criada. Mas, não pode ser pensada exclusivamente para ganhar dinheiro, pois o dia-a-dia, a rotina de trabalho, se torna intensamente maçante para quem não tem afinidade com o segmento que atua. Pensar em um negócio que contribua com seu crescimento e bem estar, enquanto ser humano, é fundamental para a sociedade.



Sergio Capozzielli
é jornalista e especialista em gestão de negócios pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing. Atuou como Analista de Marketing na Rede Globo de Televisão. É Consultor de Empresas e Redator Publicitário de Marketing de Conteúdo.